data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: arquivo pessoal
A dona de casa Branca Ivonir Ribeiro, 81 anos, nasceu em Restinga Sêca e tem três irmãos.
Aos 16 anos, ela se casou com o comerciário Antônio Gerôncio Ribeiro, falecido em 2012. O casal teve oito filhos, Rosane, Divane, Elaine, Fernando, Núbia, Ivanice, Leandro e Mara. A família ficou completa com 14 netos e 10 bisnetos.
Em 1956, o casal, já com a primeira filha, Rosane, mudou-se para Santa Maria.
Além de dona de casa, Branca "se virava" para ajudar nas despesas do lar, conforme Rosane. Ela fazia tricô, crochê, bordava e revendia produtos de beleza. Além da renda extra, a matriarca aproveitava os dons para fazer os enxovais dos netos e bisnetos.
Branca era alegre, tímida, tranquila e paciente, de acordo com a primogênita. A restinguense cuidou dos avós e do pai durante muitos anos, enquanto educava os filhos. No dia a dia, era disposta e exemplo de amor.
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A idosa transmitia paz e conquistava a admiração e carinho de quem a conhecia, ainda de acordo com a filha:
- Ela achava jeito para tudo. Gostava de ter a família reunida nas datas especiais, geralmente celebradas na casa dela, e aos domingos, para os almoços tradicionais.
- A mãe cozinhava muito bem e fazia o melhor pão do mundo. Quando fazia pães, não deixava de compartilhar com os filhos. Ela fazia doces ou bolinho de chuva para esperá-los, sempre com muito carinho. Coisas de vó - conta Rosane.
Bem-humorada, a idosa envelheceu com saúde e vitalidade. Sorrir era uma questão de estilo de vida para ela.
Núbia, com quem a mãe morava há sete anos, admirava, sobretudo, a altivez de Branca ao enfrentar qualquer situação.
- Fazia questão de estar feliz, não achava nada difícil. Se a dificuldade se apresentava, resolvia com coragem e mansidão.
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A maior diversão de Branca era passear com a família. Nestas oportunidades, arrumava-se, perfumava, colocava acessórios e ficava pronta para se distrair em boa companhia, segundo Rosane.
- Para ela, todos os lugares eram bons, mas o preferido era a praia. A mãe tinha disposição para viver e carregava uma fortaleza dentro de si. Ela me ensinou a nunca desistir e não desanimava perante os desafios - fala Núbia.
Branca Ivonir Ribeiro estava hospitalizada desde janeiro, devido a problemas nos rins. Ela morreu em 18 de junho e foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria.